Dois indivíduos em uma ilha: Robinson Crusoes e Sexta-Feira.
Robinson Crusoe leva 12 horas para produzir 1Kg de coco e 16 horas para produzir 1Kg de peixe.
Sexta-Feira leva 9 horas para produzir um Kg de coco e 12 hs para produzir 1Kg de peixe.
Ambos trabalham 42 horas por semana e só consomem coco quando acompanhado de exatamente a mesma quantidade de peixe e vice-versa.
Quando não estão em contato um com o outro
Caso concordem em trocar coco por peixe na razão de 1Kg de coco por 1Kg de peixe, vimos que
Suponha que os dois entrem em com outras comunidades em outras ilhas. Essas comunidades trocam 1,2Kg de coco por 1Kg de peixe. Eles são pequenos em relação ao conjunto dessas comunidades, de tal sorte que conseguem trocar quaisquer quantidades de coco e peixe que produzam a essa taxa. Quanto Sexta-Feira irá produzir de cada bem? Quanto ele irá consumir? E Robinson Crusoe, quanto ele vai produzir e quanto ele vai consumir de cada bem? O que acontece com o consumo conjunto dos dois? É possível dizer inequivocamente que os habitantes de ilha ficaram melhor?
Suponha que Robinson Crusoe e Sexta-Feira concordem que só haverá comércio com as outras ilhas caso ambos concordem com isso. Nesse caso, Robinson Crusoe irá vetar a abertura comercial. O que Sexta-Feira pode fazer para dissuadi-lo dessa ideia? Com esse novo arranjo, é possível diser que os habitantes da ilha ficaram inequivocamente melhor?
Na realidade, os países não trocam coco por peixe, mas sim coco por divisas e divisas por peixe. Isso muda em essência o argumento das vantagens comparativas.
O princípio das vantagens comparativas é um argumento a favor da abertura comercial das nações. Você acredita que haja também bons argumentos contra essa abertura. Quais seriam esses argumentos? Eles devem prevalecer sobre o princípio das vantagens comparativas?